terça-feira, 30 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Dos Contos de Fadas, texto de Susana Caldeira
Com a devida vénia, retirado do http://entreoazuleoverde.blogspot.pt/, o seguinte texto:
Dos contos de fadas
Ele embrulhou a palavra pequenina na seda daquela manhã. Sorriu – tremulamente. Por instantes, deixou-se ficar em estado de feliz
contemplação: imaginou o momento; imaginou os olhos dela, colados nos seus;
imaginou o sorriso envergonhado, escondido nas cascatas de loiros
caracóis.
Abeirou-se da janela e sorveu o ar frio: estava nervoso. Mais uma golfada de ar e rodou nos calcanhares: tinha de ir, fazia-se tarde.
Pegou no embrulho, com a delicadeza própria de quem leva a vida na palma das mãos, e saiu.
Aconchegou o casaco e apertou o peito com os braços. Estaria com frio ou quereria apenas sossegar o coração inquieto?
Ela levantou os olhos e abriu um sorriso:
- Chegaste. Que bom. Senta-te.
Humedeceram-se-lhe os olhos e ela sorriu o sorriso mais doce.
E ele fê-la feliz, para todo o sempre!
Dos contos de fadas
Ele embrulhou a palavra pequenina na seda daquela manhã. Sorriu – tremulamente.
Abeirou-se da janela e sorveu o ar frio: estava nervoso. Mais uma golfada de ar e rodou nos calcanhares: tinha de ir, fazia-se tarde.
Pegou no embrulho, com a delicadeza própria de quem leva a vida na palma das mãos, e saiu.
Aconchegou o casaco e apertou o peito com os braços. Estaria com frio ou quereria apenas sossegar o coração inquieto?
Atravessou o seu bairro – passo apressado; cabeça
na lua; sorriso estampado. E se…? Não. Optou por nem colocar a hipótese. Só mais
um quarteirão. Consultou o relógio: não estava atrasado.
Abrandou o passo como
se, de repente, não tivesse pressa. Chegou. Espreitou, nervosamente, pelo vidro
que fazia de montra aos imensos doces da confeitaria.
Vislumbrou-a numa mesa de esquina. Livro na mão,
chávena fumegante em cima da mesa. Estaria a sorrir? Sentiu-se fraco. Fechou os
olhos. Respirou fundo. Acariciou o embrulho, com a mesma delicadeza de quem leva
a vida na palma das mãos. Entrou.
Dirigiu-se à mesa e estacou: sorriso aparvalhado.
Ela levantou os olhos e abriu um sorriso:
- Chegaste. Que bom. Senta-te.
E ele sentou-se. Falaram sobre o tempo, sobre a
manhã que – para os dois – parecia radiosa, sobre o romance que ela lia, sobre
as letras das canções de Vinicius, Jobim e Buarque, falaram sobre lugares
distantes – os que conheciam e os que gostariam de visitar -, sobre sonhos
irrealizados, sobre projectos de vida…
Esqueceram-se da timidez que sempre haviam sentido
quando estavam um com o outro, ele esqueceu-se de olhar nervosamente para as
mãos, ela esqueceu-se de esconder a face rosada sob a cascata de caracóis
loiros.
E ele ganhou coragem e entregou-lhe a palavra
pequenina que havia embrulhado na seda daquela manhã:
- Amo-te,
Ana.Humedeceram-se-lhe os olhos e ela sorriu o sorriso mais doce.
E ele fê-la feliz, para todo o sempre!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Ilha do Fogo... saudades
Saudades da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, que conheci e onde fui muito feliz, graças a esta música dos Ala dos Namorados, chamada Ilhéu de Contenda (in "Ala dos Namorados ao Vivo"):
http://www.youtube.com/watch?v=8jEYgqMI2fw
quinta-feira, 4 de abril de 2013
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