sábado, 25 de maio de 2013

O (Meu) Grande Amor

Inspirado no tema O Grande Amor (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes)...

http://www.youtube.com/watch?v=4YfEMhlcX54

...Quando a minha filha nasceu (fará hoje exactamente 12 anos) dediquei-lhe estes versos, respeitando a rima e a métrica daquela melodia:

Minha versão:

Faça o que puder
Que os sinos dobrem
Quando ela quiser.

E forças hei-de ter
Ao ver nascer
A Leonor:
Felicidade o meu viver!

Sentirei calor
Ao acolher
A minha flor
Meu bem-querer
Minha paixão
Um violão
Feliz tocou!


Versão original:

Haja o que houver
Há sempre um homem
Para uma mulher.

E há-de sempre haver
Para esquecer
Um falso amor,
Uma vontade de morrer.

Seja como for
Há-de vencer
O grande amor
Que há-de ser
No coração
Como um perdão
Pra quem chorou.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dos Contos de Fadas, texto de Susana Caldeira

Com a devida vénia, retirado do http://entreoazuleoverde.blogspot.pt/, o seguinte texto:


Dos contos de fadas



Ele embrulhou a palavra pequenina na seda daquela manhã. Sorriu – tremulamente. Por instantes, deixou-se ficar em estado de feliz contemplação: imaginou o momento; imaginou os olhos dela, colados nos seus; imaginou o sorriso envergonhado, escondido nas cascatas de loiros caracóis.

Abeirou-se da janela e sorveu o ar frio: estava nervoso. Mais uma golfada de ar e rodou nos calcanhares: tinha de ir, fazia-se tarde.

Pegou no embrulho, com a delicadeza própria de quem leva a vida na palma das mãos, e saiu.

Aconchegou o casaco e apertou o peito com os braços. Estaria com frio ou quereria apenas sossegar o coração inquieto?


Atravessou o seu bairro – passo apressado; cabeça na lua; sorriso estampado. E se…? Não. Optou por nem colocar a hipótese. Só mais um quarteirão. Consultou o relógio: não estava atrasado.
Abrandou o passo como se, de repente, não tivesse pressa. Chegou. Espreitou, nervosamente, pelo vidro que fazia de montra aos imensos doces da confeitaria.


Vislumbrou-a numa mesa de esquina. Livro na mão, chávena fumegante em cima da mesa. Estaria a sorrir? Sentiu-se fraco. Fechou os olhos. Respirou fundo. Acariciou o embrulho, com a mesma delicadeza de quem leva a vida na palma das mãos. Entrou.
Dirigiu-se à mesa e estacou: sorriso aparvalhado.

Ela levantou os olhos e abriu um sorriso:

- Chegaste. Que bom. Senta-te.

E ele sentou-se. Falaram sobre o tempo, sobre a manhã que – para os dois – parecia radiosa, sobre o romance que ela lia, sobre as letras das canções de Vinicius, Jobim e Buarque, falaram sobre lugares distantes – os que conheciam e os que gostariam de visitar -, sobre sonhos irrealizados, sobre projectos de vida…
Esqueceram-se da timidez que sempre haviam sentido quando estavam um com o outro, ele esqueceu-se de olhar nervosamente para as mãos, ela esqueceu-se de esconder a face rosada sob a cascata de caracóis loiros.


E ele ganhou coragem e entregou-lhe a palavra pequenina que havia embrulhado na seda daquela manhã:
- Amo-te, Ana.

Humedeceram-se-lhe os olhos e ela sorriu o sorriso mais doce.

E ele fê-la feliz, para todo o sempre!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ilha do Fogo... saudades


Saudades da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, que conheci e onde fui muito feliz, graças a esta música dos Ala dos Namorados, chamada Ilhéu de Contenda (in "Ala dos Namorados ao Vivo"):

http://www.youtube.com/watch?v=8jEYgqMI2fw

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia do Pai

Com duas velhas glórias do clube de Setúbal, o Vitória, esta foto representa a última vez em que o meu Pai foi a um jogo de futebol, no Estádio dos Barreiros.
 
 

(meu Pai, João José Marques de Sousa, ao centro, ladeado por Quinito, à esquerda, e Carlos Cardoso, à direita)
 
A minha homenagem ao Dia do (meu) Pai.
E que continue a descansar em paz.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Meu diamante de Fevereiro

Ao meu filho pequenito:
desde as fraldas que te abraço;
com amor que te agito
sempre ao som deste compasso.

Meu pequeno diamante,
luz para qualquer momento:
estejas próximo ou distante
és, em mim, esse bom vento.

Sigo os teus pequenos passos,
são meus sonhos e quimeras.
E também os embaraços
nessas belas primaveras.

A expressão do meu sentir
vai da alma ao coração.
É tão bom poder ouvir
a vida no meu João.

Um caminho a percorrer
ao seu ritmo e horário.
Neste dia, ao Sol nascer,
Vivo o seu aniversário.

Com amor e com carinho
te dedico esta canção
e, em copo de bom vinho,
brindo pleno de emoção.

Parabéns: filho, João!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ruben Gonzalez (live in Paris 1998) - exclusiv HD images

Uma pérola descoberta no you tube, com imagens fantásticas do maestro ao piano, para fechar da melhor forma o ciclo de Rubén González no Bandolim do Pássaro Distante.

http://www.youtube.com/watch?v=9ipsSE3klzY

 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Quizás, quizás, quizás

O primeiro "post" de 2013 tem um significado muito especial para o Pássaro, quizás... "gracias a la vida"...

http://www.youtube.com/watch?v=YfASF-CyMYo&list=AL94UKMTqg-9ATJLqBdl_Uq6sKDRIa5mOQ

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
Hasta cuándo? Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás,

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
Hasta cuándo? Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Uma homenagem ao maestro pianista cubano, Rubén Gonzalez, que acompanhou assiduamente o "argonauta" Pássaro Distante neste último mês.

Hasta la (Buena) Vista (Social Club)!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sabor a Mi (de A. Carrilo Alarcón) - com versão portuguesa adaptada pelo Pássaro Distante

Música:
http://www.youtube.com/watch?v=Qg_L54DW69U

Versão lusitana (Pássaro Distante - 19/11/2012):

Tanto tempo disfrutámos deste amor
Nossas almas se enlaçaram tanto assim
Que eu guardo o teu sabor,
Mas não só: levas também
Sabor a mim.

Se negaras o meu Ser no teu viver
Bastaria abraçar-te e conversar
Vida intensa, Eu em ti,
Que por força já terás
Sabor a mim.

Não pretendo ser teu dono
Não sou nada e nem tenho vaidade
Desta vida, dou-te o meu dom
Sou tão pobre que outra coisa posso dar?

Passarão mais de mil anos,
Muitos mais,
E nem sei se há Amor, na eternidade
Mas lá, tal como aqui
Nessa boca levarás
Sabor a mim.

Letra original (A. Carrilo Alarcón):

Tanto tiempo disfrutamos de este amor
Nuestras almas se acercaron tanto así
Que yo guardo tu sabor
Pero tú llevas también
Sabor a mí

Si negaras mi presencia en tu vivir
Bastaría con abrazarte y conversar
Tanta vida yo te di
Que por fuerza tienes ya
Sabor a mí

No pretendo ser tu dueño
No soy nada yo no tengo vanidad
De mi vida doy lo bueno
Soy tan pobre, qué otra cosa puedo dar

Pasarán más de mil años, muchos más
Yo no sé si tenga amor la eternidad
Pero allá, tal como aquí
El la boca llevarás
Sabor a mí

 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Historia de Un Amor - Carlos Almarán

Ya no estás más a mi lado corazón
En el alma sólo tengo soledad
Y si ya no puedo verte
Por qué dios me hizo quererte
Para hacerme sufrir más?

Siempre fuiste la razón de mi existir
Adorarte para mi fue religión
Y en tus besos yo encontraba
El calor que me brindaban
El amor y la pasión.

Es la historia de un amor
Como no hay otra igual
Que me hizo comprender
Todo el bien todo el mal
Que le dió luz a mi vida
Apagándola después.
Ay, qué vida tan oscura
Sin tu amor no viviré.

Es la historia de un amor.

Veja o vídeo com a interpretação de Los Panchos:
http://letras.mus.br/trio-los-panchos/254131/#selecoes/254131/

sábado, 15 de setembro de 2012

Caribe - Michel Camilo

Outra versão fantástica, mas não a solo:

"Michel Camilo (piano), Paquito D'Rivera (alto sax), Michael Philip Mossman (trumpet), Israel Lopez "Cachao" (bass), Cliff Almond (drums) and Guarionex aquino (percussion), performing Michel Camilo's "Caribe" for the End Credits of Fernando Trueba comedy "Two Much".
Filmed live in Lincoln Road (Miami Beach) the 27th, February, 1995"

http://www.youtube.com/watch?v=LcxZXxlOFx8&feature=related

terça-feira, 11 de setembro de 2012

FIM DE TARDE, interpretado por CLAUDIA TELLES

Na última semana de Agosto recebi por correio um CD de Claudinha Telles ("Sambas e Bossas"), com uma dedicatória escrita em Outubro de 2004.

8 anos depois essa "prenda minha" atravessou o Atlântico, graças à diligência de outra pessoa amiga de longa data.

Um dos temas, interpretados ao vivo por Claudia no link abaixo, consta desse CD. Chama-se Fim de Tarde.

http://www.youtube.com/watch?v=NzxfbFLCEgY&feature=related

Um abraço Claudinha!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Língua (ou arma) Branca

Esta dia representa exactamente 5 anos em que este poema foi escrito...

"Língua Branca"

Tua língua é arma branca:
Dilacera a minha paz.
É fera que se destranca,
Não lhe importa o que faz.

Tua língua é dilatada,
Qual balão gaseificado,
Explodindo à hora errada,
Como um caldo entornado.

Tua língua é serpente
Que envenena a minha cruz:
Faz morrer tão lentamente
O melhor da nossa luz.

É língua precipitada
À menor demarcação
Não se contém, na jornada,
A quem lhe transmita um "não"!

Já prefiro estar à míngua
Sem carícias, sem ternura,
A suportar essa língua:
Chantagista em Ditadura!

À noite desesperado,
Sem poder nada fazer,
Vou dormindo acordado,
Sufocando o meu viver.

Tua língua: um vai-e-vem
Como os que mancham o céu
Exibindo o seu desdém
Assim que desvendo o véu.

Tua língua: arma branca,
Covil de insatisfação.
Fosses uma zona franca
Inibias progressão...

Tua língua é energia
De tal negatividade.
Faça noite ou seja dia
Não há rotatividade.

Tua língua é comparável
Ao brilho do teu olhar:
De expressão desagradável
E silêncio de mal-estar-

De tanto esticar a corda,
Aturando o impossível
Vou "saltando" fora borda
Para algo apetecível.

Se bebesse "Pêra-Manca"
Com total satisfação
Não havia língua branca
Que armasse confusão!

(epílogo quase cinco anos depois: 09.08.2012)

E de tanto à língua dares,
Com escárnio e maldizer,
Acabei por mudar de ares...
Nós ficámos a perder.




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

Amigos...

Amigos são anjos que Deus coloca nas nossas vidas para tornar menos penosa a caminhada que nos esteja destinada.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Michel Camilo no Festival de Jazz de Vitoria-Gasteiz

Uma hora e quinze minutos a não perder...

http://www.youtube.com/watch?v=Q6KgpXrEWd0&feature=related

Aguardamos que sejam disponibilizadas as imagens da actuação de Michel Camilo e Giovanni Hidalgo no Festival de Jazz do Funchal...
O Sol quando nasce é para todos...